Livro “Amor entre Estrelas”

Uma narrativa singela descrevendo as relações impactantes entre duas almas gêmeas e os conflitos de consciência que conduzem seres racionais ao universo paralelo dos pesadelos mais agoniantes que ser pode suportar.

https://www.clubedeautores.com.br/livro/amor-entre-estrelas#.XNMxAI5KiM8

 

 

As marcas da Alma (Sócrates)

“O corpo conserva bem impressos os vestígios dos cuidados de que foi objeto e dos acidentes que sofreu. Dá-se o mesmo com a alma. Quando despida do corpo, ela guarda, evidentes, os traços do seu caráter, de suas afeições e as marcas que lhe deixaram todos os atos de sua vida. Assim, a maior desgraça que pode acontecer ao homem é ir para o outro mundo com a alma carregada de crimes. Vês, Cálicles, que nem tu, nem Pólux, nem Górgias podereis provar que devamos levar outra vida que nos seja útil quando estejamos do outro lado. De tantas opiniões diversas, a única que permanece inabalável é a de que mais vale receber do que cometer uma injustiça e que, acima de tudo, devemos cuidar, não de parecer, mas de ser homem de bem. (Colóquios de Sócrates com seus discípulos, na prisão.)”

“Depara-se-nos aqui outro ponto capital, confirmado hoje pela experiência: o de que a alma não depurada conserva as ideias, as tendências, o caráter e as paixões que teve na Terra. Não é inteiramente cristã esta máxima: mais vale receber do que cometer uma injustiça? O mesmo pensamento exprimiu Jesus, usando desta figura: “Se alguém vos bater numa face, apresentai-lhe a outra.””.

O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec

Cuidemos para não criar nenhuma cicatriz em nossa alma que evidencie nossa tragédia na vida material e lutemos para que as marcas levadas para o além sejam apenas as boas recordações de nossas relações amorosas e pacíficas, enquanto vivemos no mundo dos “vivos”.

 

O dilema da vida e a morte (Sócrates)

De duas uma: ou a morte é uma destruição absoluta, ou é passagem da alma para outro lugar. Se tudo tem de extinguir-se, a morte será como uma dessas raras noites que passamos sem sonho e sem nenhuma consciência de nós mesmos. Todavia, se a morte é apenas uma mudança de morada, a passagem para o lugar onde os mortos se têm de reunir, que felicidade a de encontrarmos lá aqueles a quem conhecemos! O meu maior prazer seria examinar de perto os habitantes dessa outra morada e distinguir lá, como aqui, os que são dignos dos que se julgam tais e não o são. Mas, é tempo de nos separarmos, eu para morrer, vós para viverdes. (Sócrates aos seus juízes).

Segundo Sócrates, os que viveram na Terra se encontram após a morte e se reconhecem. Mostra o Espiritismo que continuam as relações que entre eles se estabeleceram, de tal maneira que a morte não é nem uma interrupção, nem a cessação da vida, mas uma transformação, sem solução de continuidade.

O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec

Como Meditar

Falamos incidentemente do método a seguir para o desenvolvimento dos sentidos psíquicos. Consiste em insular-se uma pessoa em certas horas do dia ou da noite, suspender a atividade dos sentidos externos, afastar de si as imagens e ruídos da vida externa, o que é possível fazer mesmo nas condições sociais mais humildes, no meio das ocupações mais vulgares. É necessário, para isso, concentrar-se e, na calma e recolhimento do pensamento, fazer um esforço mental para ver e ler no grande livro misterioso o que há em nós. Nesses momentos apartai de vosso espírito tudo o que é passageiro, terrestre, variável. As preocupações de ordem material criam correntes vibratórias horizontais, que põem obstáculo às radiações etéreas e restringem nossas percepções. Ao contrário, a meditação, a contemplação e o esforço constante para o bem e o belo formam correntes ascensionais, que estabelecem a relação com os planos superiores e facilitam a penetração em nós dos eflúvios divinos. Com esse exercício repetido e prolongado, o ser interno acha-se pouco a pouco iluminado, fecundado, regenerado. Essa obra de preparação é longa e difícil, reclama às vezes mais de uma existência. Por isso, nunca é cedo demais para empreendê-la; seus bons efeitos não tardarão a se fazer sentir.

Tudo o que perderdes em sensações de ordem inferior, ganhá-lo-eis em percepções supraterrestres, em equilíbrio mental e moral, em alegrias do espírito. Vosso sentido íntimo adquirirá uma delicadeza, uma acuidade extraordinária; chegareis a comunicar um dia com as mais altas esferas espirituais. Procuraram, as religiões, constituir esses poderes por meio da comunhão e da prece; mas a prece usada nas igrejas, conjunto de fórmulas aprendidas e repetidas mecanicamente durante horas inteiras, é incapaz de dar à alma o voo necessário, de estabelecer o laço fluídico, o fio condutor pelo qual se estabelecerá a relação. É preciso um apelo, um impulso mais vigoroso, uma concentração, um recolhimento mais profundo. Por isso preconizamos sempre a prece improvisada, o grito da alma que, em sua fé e em seu amor, se lança com todas as forças acumuladas em si para o objeto de seu desejo.

Em vez de convidar por meio da evocação os espíritos celestes a descerem para nós, aprenderemos assim a desprender-nos e subir até eles.

São, contudo, necessárias certas precauções. O mundo invisível está povoado de entidades de todas as ordens e quem nele penetra deve possuir uma perfeição suficiente, ser inspirado por sentimentos bastante elevados para se pôr a salvo de todas as sugestões do mal. Pelo menos, deve ter em suas pesquisas um guia seguro e esclarecido. É pelo progresso moral que se obtém a autoridade, a energia necessária para impor o devido respeito, aos espíritos levianos e atrasados, que pululam em torno de nós.

A plena posse de nós mesmos, o conhecimento profundo e tranquilo das leis eternas, preservam-nos dos perigos, dos laços, das ilusões do além; proporcionam-nos os meios de examinar as forças em ação sobre o plano oculto.

Fonte: O Problema do Ser, do Destino e da Dor – Léon Denis

A meditação é o mecanismo para buscarmos em nós mesmos as luzes da criação. A Obra Sublime da Criação está escrita em nosso íntimo através dos caracteres da linguagem Divina, onde o Pai Eterno, em algum momento de nossa própria história, grafou, com Todo Seu Infinito Amor, os detalhes necessários para nossa vida plena de Luz e Paz.

Caminhos de Iluminação

São muitos os caminhos da Vida que nos levam ao lugar em que almejaríamos estar, no qual nos sentiríamos bem. Nele estaríamos livres das mazelas e conflitos que normalmente nos acometem. Lá, certamente, não haveria oportunidades para crises depressivas, para dificuldades de relacionamento ou para qualquer espécie de mal estar ou desconforto conosco mesmos ou com alguém.

Os diversos caminhos podem ser trilhados através de filosofias, religiões, seitas ou de uma maneira que não nos submetamos às peias sociais. Porém, qualquer que seja o caminho escolhido, ninguém poderá prescindir de entrar em contato com sua própria individualidade, com seus próprios limites ou com suas dificuldades inerentes ao processo evolutivo. Esse confronto não pode ser transferido a outrem, nem tampouco simplesmente ser entregue a Deus, é um processo inalienável a que todos estamos sujeitos e, apenas por pouco tempo, adiável.

O caminho da iluminação, meta inalcançável numa única existência, não implica tornar-se perfeito, mas descobrir e realizar a personalidade integral, oculta do estreito conhecimento de si mesmo. Pressupõe atravessar obstáculos, enxergar os próprios limites, agindo na vida para transformar-se a cada momento. Os problemas não são atestados de fracassos, mas oportunidades preciosas de iluminação.

Para iniciar essa grande viagem interior é preciso primeiramente nos desfazer da ilusão de nossa própria inferioridade, pois somos filhos de Deus, e como tais, fadados à felicidade plena. Isso quer dizer que não devemos permitir a ideia de que somos insignificantes perante a Vida.

As regras áureas das grandes religiões nos têm mostrado roteiros que, se seguidos, certamente nos levarão ao encontro do si mesmo, pois aqueles que se iluminaram, fizeram-no de acordo com elas. São roteiros ao caminhante, cuja seriedade e verdadeiro sentimento de união com Deus o levará ao encontro desejado.

Iluminar-se é estar resolvido nas várias dimensões da Vida. É aprender a lidar com o que efetivamente não se tem, isto é, com a ausência de tudo, mesmo se tendo alguma coisa, pois nada pertence ao ser humano que não esteja nele mesmo, que não seja ele mesmo.

Psicologia e Espiritualidade – Adenáuer Novaes

É preciso pensar firme, desejar o melhor e planejar o amanhã com a alma decidida. E com os planos devidamente definidos, persegui-los passo a passo, com determinação, persistência e confiança de que o sucesso será alcançado, hoje, amanhã ou em vidas futuras…  Mas será!

A História de O Livro dos Espíritos

Muitas vezes já nos dirigiram perguntas sobre a maneira por que foram obtidas as comunicações que são objeto de O Livro dos Espíritos. Resumimos aqui, com muito prazer, as respostas que temos dado a esse respeito, pois que isso nos ensejará a ocasião de cumprir um dever de gratidão para com as pessoas que, de boa vontade, nos prestaram seu concurso.

Como explicamos, as comunicações por pancadas, ou tiptologia, são muito lentas e bastante incompletas para um trabalho alentado; por isso jamais utilizamos esse recurso: tudo foi obtido através da escrita e por intermédio de vários médiuns psicógrafos. Nós mesmos preparamos as perguntas e coordenamos o conjunto da obra; as respostas são, textualmente, as que foram dadas pelos Espíritos; a maior parte delas foi escrita sob nossas vistas, algumas foram tomadas das comunicações que nos foram enviadas por correspondentes ou que recolhemos para estudo em toda parte onde estivemos: a esse efeito, os Espíritos parecem multiplicar aos nossos olhos os motivos de observação.

Os primeiros médiuns que concorreram para o nosso trabalho foram as senhoritas “Julie e Caroline Baudin”, cuja boa vontade jamais nos faltou: este livro foi escrito quase por inteiro por seu intermédio e na presença de numeroso auditório que assistia às sessões e nelas tomava parte com o mais vivo interesse. Mais tarde os Espíritos recomendaram a sua completa revisão em conversas particulares para fazerem todas as adições e correções que julgaram necessárias. Essa parte essencial do trabalho foi feita com o concurso da senhorita Japhet, que se prestou com a maior boa vontade e o mais completo desinteresse a todas as exigências dos Espíritos, pois eram eles que marcavam os dias e as horas para suas lições. O desinteresse não seria aqui um mérito particular, visto que os Espíritos reprovam todo tráfico que se possa fazer de sua presença; a senhorita Japhet, que é também sonâmbula notável, tinha seu tempo utilmente empregado, mas compreendeu, igualmente, que dele poderia fazer um emprego proveitoso, consagrando-se à propagação da Doutrina. Quanto a nós, temos declarado desde o princípio, e nos apraz reafirmar aqui, jamais pensamos em fazer de O Livro dos Espíritos objeto de especulação, devendo sua renda ser aplicada às coisas de utilidade geral; por isso seremos sempre reconhecidos aos que se associarem de coração, e por amor do bem, à obra a que nos estamos consagrando.

Fonte: Revista Espírita 1858 – Allan Kardec

Vale a pena dar uma lida no artigo da revista Super Interessante de Julho/2008 por Artur Fonseca. Veja o link abaixo:

http://super.abril.com.br/religiao/bastidores-livro-espiritos-447680.shtml

Virtudes – flores a cultivar

Sentado numa grande pedra, em silêncio, o sábio observa o infinito.

Seu pequeno aprendiz, sedento de saber, permanece quieto ao seu lado, em respeito à quietude do mestre. Sabia que sempre que o sábio se perdia em sua própria distância, buscava algo mais para ensinar.

O sábio sorri, e o pequeno discípulo fica se perguntando para quem ou por quê.

Passam-se alguns minutos, até que o sábio resolve quebrar o silêncio. E, com a suave voz de sempre, comenta, deixando o pequeno aprendiz atento e agitado:

– Que belo!

– O que vê, que não vejo, mestre?

– Vejo além do alcance dos olhos.

– Mas, o que está além do alcance dos olhos?

– Um cenário colorido e radiante.

– Descreva para mim. Gostaria de estar vendo também…

– Vejo um grande portal reluzente e atrás dele vejo um belo e exótico jardim. Alguns anjos sorridentes andam de um lado para o outro, em silêncio.

– E o que fazem?

– Estão cuidando das plantas.

– Consegue reconhecer as flores?

O sábio não responde imediatamente. Fica em silêncio com o olhar fixo num determinado cantinho do jardim. E depois responde, seguro:

– Posso vê-las, sim. E vou dizer quais são as mais belas.

– Então diga logo! Estou ansioso…

O mestre sorri para si mesmo e fala:

– Todo o jardim é composto por muitas qualidades de flores comuns e algumas… exóticas. E posso garantir que a mais bela é a iluminada e resplandecente Caridade!

O pequeno discípulo não entende muito bem, mas prefere permanecer atento.

Sereno, o sábio continua:

– Perto do seu canteiro, vejo muitos Amores… Também vejo alvíssimas Esperanças de pétalas vibrantes.

Novo silêncio.

– O que mais pode descrever para mim, já que nada vejo?

– Posso ver com muita clareza a Fé pairando, feito borboleta feliz, sobre o jardim tão colorido e perfumado.

– Pode me explicar por que não fala das flores?

– Mas estou falando de flores, meu pequeno! Não há flores mais belas que essas. Ah, o amor! Tem muitos canteiros desta magnífica flor, em variadas cores. E como cintilam aos meus olhos!…

– Fale-me mais sobre essas flores tão especiais. São mesmo bem exóticas, mestre!

Alguns segundos de silêncio…

– Elas representam virtudes indispensáveis em nossa vida.

– Fantástico, mestre! Nunca vi dessas flores, mas estou conseguindo imaginar. Gostaria muito de poder vê-las, assim como o Senhor.

– Vai vê-las também, meu pequeno. Comece mentalizando um belo jardim. Plante todas as flores que quiser, mas não deixe de plantar também essas flores exóticas. Regue-as com carinho e responsabilidade. Elas vão crescer com os seus cuidados e desabrochar. E, a partir desse momento, você as verá com a clareza e a nitidez que eu as vejo hoje.

– Mestre, meu coração já está transbordando de alegria, pois tenho certeza que um dia eu as verei, como o senhor as vê hoje!

Julieta Bossois

O Espírita e a Caridade

Há, meus senhores, três categorias de adeptos: uns que se limitam a crer na realidade das manifestações e que procuram, antes de tudo, os fenômenos; o Espiritismo é simplesmente para eles uma série de fatos mais ou menos interessantes. Os segundos veem outra coisa nele além dos fatos, compreendem o seu alcance filosófico, admiram a moral que deles decorre, mas não a praticam; para eles, a caridade cristã é uma bela máxima, e nada mais. Os terceiros, finalmente, não se contentam de admirar a moral: praticam-na e aceitam-lhe as consequências.

Bem convencidos de que a existência terrestre é uma prova passageira, esforçam-se por aproveitar esses curtos instantes, para marchar na senda do progresso que lhes traçam os Espíritos, comprometendo-se em fazer o bem e em reprimir as suas más inclinações; as suas relações são sempre seguras, porque as suas convicções os afastam de todo pensamento do mal; a caridade é, em toda ocasião, a regra da sua conduta: são esses os  verdadeiros espíritas, ou, melhor, os espíritas-cristãos.

Se um grupo quer estar em condições de ordem, de tranquilidade e de estabilidade, é preciso que nele reine o sentimento fraternal. Todo grupo ou sociedade que se formar, sem ter caridade efetiva por base, não tem validade; enquanto que aqueles que forem fundados de acordo com o verdadeiro espírito da doutrina olhar-se-ão como membros de uma mesma família que, não sendo possível habitarem todos sob o mesmo teto, moram em lugares diferentes. A rivalidade entre eles seria um contra senso; ela não poderia existir onde reina a verdadeira caridade, porque a caridade não se pode entender de duas maneiras.

Reconhecei, pois, o verdadeiro espírita na prática da caridade por pensamentos, palavras e obras, e persuadi-vos de quem quer que nutra em sua alma sentimentos de animosidade, de rancor, de ódio, de inveja ou de ciúme, mente a si próprio se tem a pretensão de compreender e praticar o Espiritismo.

Fonte: Biografia de Allan Kardec – Henry Sausse

 

Assim expressa o grande mestre Kardec sobre o verdadeiro espírita.

Cabe-nos observar sempre seus conselhos e fazer da caridade uma obrigação natural e, através dela, propagar a união, a fraternidade e a paz a todos nossos irmãos e companheiros de jornada.

O Guia

O filho, ainda pequenino, ensaia os primeiros passos em meio ao medo e temor das quedas necessárias. Mas confiando no pai, a quem vê experiente nesta competência, se lança, aos tropeços, na aventura inusitada. A cada queda, ouve as palavras de estímulo e volta a tentar novamente, acreditando sempre no “seu herói que tudo sabe”.

Assim, nós, que também ensaiamos nossos primeiros passos na espiritualidade, devemos confiar e estar sempre atentos ao nosso guia espiritual para captarmos suas orientações e suas palavras de estímulo ou de advertência diante de nossas quedas naturais e necessárias ao nosso aprendizado.

Como o filho, que acaba por aprender a arte do caminhar, com a ajuda presente dos pais que tanto ama, nós também acabaremos por aprender as lições que ora iniciamos, se buscarmos em nosso guia o companheiro experiente que pode nos ajudar a vencer os obstáculos da jornada.

A confiança é a principal energia que mantém o aprendiz firme na certeza de conseguir alcançar o objetivo desejado.

Rogerio Gomes Bossois

Das Reuniões Espíritas

39. Os Espíritos são atraídos pela simpatia, a semelhança dos gostos e de caracteres, a intenção que faz desejar a sua presença. Os Espíritos superiores não vão às reuniões fúteis, do mesmo modo que um sábio da Terra não iria numa assembleia de jovens estouvados. O simples bom senso diz que não pode ser de outra forma; ou, se aí vão algumas vezes, é para dar um conselho salutar, combater os vícios, procurar conduzir para o bom caminho; se não são escutados, retiram-se. Seria ter uma ideia completamente falsa, crer que os Espíritos sérios possam se comprazer em responder a futilidades, a perguntas ociosas que não provam nem afeição, nem respeito por eles, nem desejo real, nem instrução, e ainda menos que possam vir dar espetáculo para divertimento dos curiosos. O que não faziam quando vivos, não podem fazê-lo depois da sua morte.

40. A frivolidade das reuniões tem por resultado atrair os Espíritos levianos que não procuram senão ocasiões de enganarem e de mistificarem. Pela mesma razão que os homens graves e sérios não vão às assembleias levianas, os Espíritos sérios vão apenas às reuniões sérias, cujo objetivo é a instrução e não a curiosidade; é nas reuniões desse gênero que os Espíritos superiores gostam de dar seus ensinamentos.

41. Do que precede resulta que, toda reunião espírita, para ser proveitosa, deve, como primeira condição, ser séria e recolhida; que tudo deve se passar nela respeitosamente, religiosamente e com dignidade, se se quer obter o concurso habitual dos bons Espíritos. É preciso não esquecer que, se esses mesmos Espíritos aí se fizessem presentes quando vivos, ter-se-ia por eles considerações às quais têm ainda mais direito depois da sua morte.

Fonte: Resumo da Lei dos Fenômenos Espíritas – Allan Kardec

É importante, antes de tudo, ter objetividade quando se inicia um processo de reuniões com a intenção de estudos espirituais, principalmente quando se deseja ter a presença de bons espíritos acompanhando o desenvolvimento normal destas reuniões através de orientações diretas por meio da mediunidade ou mesmo indireta através da sugestão de ideias por meio da intuição.

A motivação para este processo deve ser sempre o interesse sério no aprendizado e na fraternidade. Onde estes princípios sejam obedecidos, os bons espíritos sempre se farão presentes, acompanhando e orientando, direta ou indiretamente, todo o desenvolvimento da reunião, visando sempre o melhor resultado possível e o melhor alcance para todos aqueles que possam estar presentes, encarnados ou desencarnados.